Febre amarela continua no Sudoeste

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Nesta semana, mais três macacos mortos foram encontrados na região, no município de Palmas, e positivaram para a doença

Mais três macacos mortos foram diagnosticados com febre amarela em Palmas, levando a um total de quatro casos da doença no município. Os dados são do último boletim epidemiológico, emitido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nesta quarta-feira (27).

Ao todo, o Sudoeste — líder no ranking de febre amarela no Paraná — já soma 11 casos confirmados da doença, distribuídos entre os municípios de Clevelândia [2], Coronel Domingos Soares [3], Honório Serpa [1] e Mangueirinha [1].

Além das localidades pertencente a 7ª Regional de Saúde, o município de Dois Vizinhos, que faz parte da 8ª Regional de Saúde, conta com uma amostra de macaco morto sendo analisada pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen). Se confirmado, o número de animais com febre amarela na região subirá para 12.

Desde julho de 2020, de acordo com dados do boletim epidemiológico, 42 macacos foram encontrados mortos no Sudoeste. Deste total, além dos 11 positivados para a doença, 31 foram determinados, pelo Lacen, como amostras inválidas — que não tinham condições de ser analisadas por conta de seu estado de deterioração.

Em relação à febre amarela em humanos, o período não apresenta casos confirmados. Foram 15 notificações; 11 já descartadas e quatro seguem em investigação. Nenhum dos casos suspeitos é da região Sudoeste.

Vacinas: Única forma de combate

Na microrregião da 7ª Regional de Saúde, 89,51% das crianças menores de um ano de idade estão vacinadas contra a febre amarela. Esse índice, de acordo com o Ministério da Saúde, está abaixo da cobertura estipulada como ideal [acima de 95%] para que o vírus não se dissemine.

A médica veterinária da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores, Emanuelle Gemin Pouzato, reforça que a vacina é a única forma de prevenção contra a doença e é totalmente segura.

“Nas áreas onde sabemos que existe circulação do vírus, porque a morte dos macacos está sinalizando isso, é muito importante que toda comunidade verifique suas carteiras de vacinação. A vacina é a melhor forma de se prevenir com relação a febre amarela”, disse.

População alerta

A vigilância dos municípios só consegue verificar a presença do vírus na região quando recebe a notificação de macacos mortos. Por isso, é de extrema importância que a população comunique os órgão de vigilância ambiental quanto ao aparecimento dos animais. “Se verificar que tem um macaco morto em uma propriedade rural, por exemplo, ou em áreas de mata dentro das suas propriedades, e puder notificar a vigilância de seus municípios, essa já é uma forma bem grande de visualizarmos essa circulação viral.”

 

Informações Diário do Sudoeste