Ministério da Saúde aponta região Sul como epicentro da Covid-19 no Brasil, diz Carlos Moisés
Os governadores de SC, PR e RS tiveram uma reunião com Eduardo Pazuello e o futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga na tarde de quarta-feira
Os três governadores do sul, Carlos Moisés da Silva (PSL), Eduardo Leite (PSDB) e Ratinho Junior (PSD) tiveram uma reunião com Eduardo Pazuello e o futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga sobre o enfrentamento à Covid-19. A reunião aconteceu na tarde de quarta-feira (17). Segundo o Governador de Santa Catarina, o ministério entende que a região sul do Brasil é onde a doença está mais grave no momento e que é o epicentro da Covid-19 do país.
“O ministério reconhece que nós somos de fato o epicentro da crise. Reconhece que por mais que se avance nas ações de contenção, seja de restrição de atividades, coordenando com as ações de avanço na saúde, o que se apresentou hoje para nós é uma nova doença, de fato, se nós compararmos com o ano passado”, disse Moisés.
O governador de Santa Catarina citou a variante brasileira do novo coronavírus, identificada originalmente em Manaus, como um dos fatores para a situação atual do Sul do Brasil. Ele afirmou que ela circula “praticamente em 80% dos nossos estados”.
As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa realizada após reunião presencial entre os gestores dos três estados da Região Sul em Florianópolis para debater sobre a situação da pandemia. Pazuello e Queiroga participaram de forma virtual.
Os três estados vivem um colapso no atendimento de pacientes com coronavírus e, mesmo antes de o mês de março acabar, já têm recordes de mortes, apontam secretarias de Saúde. Juntos, até o início da tarde desta quarta-feira (17), os estados do Sul contabilizam 2.264.997 milhões de contaminados desde o início da pandemia, com 38.651 mortes.
Segundo Carlos Moisés, o futuro ministro e Pazuello falaram sobre a chegada de novas doses e concordaram que a região precisa de atenção.
“Trabalhamos com o governo central a questão da compra de insumos, especialmente de entubação e também o manejo interestadual de eventuais equipamentos que possam ser disponibilizados, até porque consideramos o Sul o novo epicentro da doença, especialmente com a nova cepa. O que se apresenta hoje é uma nova doença em relação ao ano passado”, afirmou Carlos Moisés.
Informações G1