Morte de pediatra de 79 anos por Covid-19 em Curitiba comove ex-pacientes e pais

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O médico pediatra Vicente Lúcio Viana Lopes, de 79 anos, foi o nono médico a morrer por complicações da Covid-19 no Paraná. A morte do pediatra foi lamentada pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), pelo Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar), pela Academia Paranaense de Medicina e pela Sociedade Paranaense de Pediatria, além de centenas de ex-pacientes, pais e mães que se manifestaram nas redes sociais.

Ele atuou como pediatra em Curitiba durante 56 anos. O médico era natural de Rio Negro e deixou a esposa Maria Cristina e os filhos Luiz Guilherme, Luiz Vicente e Heloísa. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde fez a especialização em Pediatria, na década de 60 e era professor Foi neonatologista dos hospitais São Lucas e Santa Cruz. Era membro da Academia Paranaense de Medicina, e ainda trabalhou médico do Instituto de Previdência do município de Curitiba.

O maior grupo de Facebook de mães  e pais de crianças, o Baby Boom, registrou o falecimento do médico: “É com imensa tristeza que o Babyboom comunica o falecimento do pediatra dr Vicente Lúcio Viana Lopes, vítima do Covid-19. De olhos azuis profundos e voz mansa, dr Vicente vai deixar saudades em todas as gerações que passaram por seu consultório. Eu, meus irmãos, primos, sobrinhos e filhos fomos seus pacientes. Dr Vicente foi um anjo na Terra. Muita força para a família”.

Cass entre profissionais de saúde.

É o que revelam dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), os quais apontam ainda que 5% do total de casos e 1,94% dos óbitos causados pelo novo coronavírus no estado afetam enfermeiros, médicos, profissionais da área farmacêutica e outros que estão na linha de frente no enfrentamento à pandemia.

Conforme dados do Informe Epidemiológico Coronavírus mais recente, divulgado pela Sesa na última sexta-feira (7 de agosto), o Paraná havia registrado um total de 4.403 casos de Covid-19 entre profissionais de saúde, sendo 1.259 em profissionais de enfermagem e 343 em médicos. No mês anterior, até o dia 8 de julho, eram 2.202 casos confirmados, o que aponta um crescimento de 99,96%.