Com apenas 13 anos, Rayssa Leal fez história, conquistou a medalha de prata no skate street feminino e virou a medalhista mais jovem da história do país. Ela mostrou todo seu talento e superou quase todas as concorrentes para ficar com a segunda colocação (14,64). O ouro ficou com a japonesa, também de 13 anos, Momiji Nishiya (15,26), que ainda viu a compatriota Funa Nakayama (14,49) ficar com o bronze.
Na final, Rayssa ficou entre as medalhistas desde as primeiras pontuações e mostrou que lutaria pela ponta desde o início. A cada rodada seu protagonismo se consolidava e a deixava ainda mais confiante para acertar os movimentos. Ultrapassada no fim, a brasileira se mostrou muito emocionada com o feito e chorou após o fim da prova.
Na final, Rayssa ficou entre as medalhistas desde as primeiras pontuações e mostrou que lutaria pela ponta desde o início. A cada rodada seu protagonismo se consolidava e a deixava ainda mais confiante para acertar os movimentos. Ultrapassada no fim, a brasileira se mostrou muito emocionada com o feito e chorou após o fim da prova.
A final Na primeira volta, Rayssa teve bom desempenho e somou 2,94, a terceira melhor nota da rodada. Na segunda, sob o som de Charlie Brown Jr, ela melhorou ainda mais a pontuação: 3,13, ficando atrás apenas da holandesa Roos Zwetsloot. As finalistas, então, deram início à sequência de cinco manobras para selecionar as quatro melhores notas entre as sete participações – descartando as três piores, portanto. Na primeira manobra, Rayssa foi ousada, mas não completou o movimento. Em seguida, ela manteve o alto grau de exigência e levou 3,91. Na terceira, fez sua maior pontuação até então: 4,21. Foi o suficiente para assumir a liderança com dois saltos para o fim.
(Os brasileiros acordaram hoje (26) com uma pergunta: o que faziam da vida quando tinham 13 anos? É o efeito Rayssa Leal. Na idade em que a maioria não tem coragem de convidar o/a coleguinha para dançar, ela mostrava como é que se faz: dançava na final olímpica do skate street como uma tik-toker.
Na idade em que quase ninguém tem algum feito notável, Rayssa conseguiu o que nenhum brasileiro jamais fizera: se tornou a medalhista olímpica mais jovem da história do esporte brasileiro. A garota de 13 anos, e aparelho nos dentes, ficou com a medalha de prata na prova de street do skate —que estreia no calendário dos Jogos.
Para se ter uma ideia do quão precoce ela é, o COI (Comitê Olímpico Internacional) teve que abrir uma exceção na bolha anticovid para que sua mãe, Lilian, pudesse viajar ao Japão —lembrando que o país está fechado para estrangeiros por causa da pandemia e só os poucos credenciados (que tiveram seu número reduzido em relação ao plano inicial, também por causa da covid) receberam autorização para entrar. Sorte do Brasil.
O patamar de Rayssa é tão diferente do resto do mundo que, antes da prova, ao pegar uma garrafa d’água, trocou uma ideia com o ícone Tony Hawk. A relação entre os dois mostra que a dancinha na final olímpica não é marra: Rayssa chama o maior skatista da história de “Toninho” —e ele tuíta sobre a menina desde 2015, quando ela tinha sete anos.
Espontânea, ela não escondeu a tristeza em ter que dar mais entrevistas ao ver um bando de jornalistas esperando na zona mista. Já tinha gastado muito a palavra falando com as TVs e preferia seguir direto. Entrevistas são um preço a pagar pela medalha —elas são obrigatórias para todo mundo que sobe ao pódio olímpico.
E não tem essa de passar pano. Quando um repórter mencionou uma foto dela com a camisa do Grêmio que torcedores do time estavam compartilhando, Rayssa respondeu na hora. “Ah meu Deus, misericórdia, não”. Personalidade de campeã.).
Informações UOL